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Postado Por: Dalvyn sexta-feira, 31 de maio de 2013

Enlatado de Frango

O vento soprava forte lá fora, provavelmente a chuva estava chegando. Folhas secas cobriam a oca, que era toda revestida por um barro argiloso que juntava as fileiras de taquaras que sustentavam todo o local. Algumas redes se estendiam por alí.
Mariano estava em uma delas, desmaiado há dias, com panos úmidos em todo corpo. Uma mulher nativa era sua cuidadora, provavelmente a curandeira da tribo.

Mariano estava em um leve estado de coma, conseguia ouvir o idioma estranho que aquelas pessoas pronunciavam, mas não conseguia interagir com nada.

- Central de Comando (The Game)

Homens engravatados, enormes corredores brancos e salas transparentes: era basicamente assim que se definia o enorme conjunto de prédios que formavam a Central de Comando.
Adah: - Senhor Presidente, todas as autoridades já foram informadas sobre o início do projeto The Game. O senhor tem, agora, total liberdade.

Presidente: - Ótimo, e como anda o nosso infiltrado?

Adah: - Conseguiu chegar até o quartel, mas infelizmente perdemos todo o batalhão para os malditos canibais.

Presidente: - Desgraçados! Já chega disso! Quero um ataque surpresa no loca onde esses canibais residem. Matem todos e deixem somente o líder deles para participar do The Game.

Adah: - E senhor, quando devo dar a ordem para levar os sobreviventes do quartel?

Presidente: - Se já temos um infiltrado lá, o quanto antes possível; mas não quero nada fora de controle. Diga para ele ser discreto, precisamos daquelas pessoas, serão o centro do jogo.

Adah: - Entendido, Senhor.

- Quartel

Dalvyn: - Eu perdi um batalhão inteiro por vocês! Estou me arrependendo disso.

Jennifer: - Se não queria nos ajudar então por que foi? Eu por acaso tenho uma placa no peito escrito "Pode vir, vadia"?!

Dalvyn: - Como foi que disse, sua baixinha? Eu estouro seus miolos!

Xeu: - Hey! Chega dessa merda, calem a boca! Minha cabeça tá latejando, parece que vai explodir e vocês ficam aí gritando!

Tony: - Eu acho que tá todo mundo com fome, não tem nada aqui pra comer?

Dalvyn: - É claro que tem, vem me ajudar a pegar as coisas.

Tony e Dalvyn seguem para o deposito do quartel, enlatados de frango era o que tinha de sobra.

Ravael: - Por onde andou, Jennifer? Não viu a Aryana, nem o Mariano?

Jennifer: - Eu fui cercada pelos zumbis, Tony apareceu e me salvou. Logo depois, aquele caminhão explodiu e eu segui com ele até um pequeno posto; tinham mais sobreviventes lá, mas os canibais nos atacaram e só sobrou eu Tony e Xeu vivos; logo depois a gente encontrou Antizumbi.

Xeu: - Tá cheio de zumbis lá fora, o barulho dos tiros e das bombas deve tê-los atraído.

Franciel: - Então Aryana e Mariano estão desaparecidos, assim como Marcos está...
Só vou acreditar que algum deles morreu, quando ver o corpo.


Antizumbi: - Marcos? De qual Marcos estão falando? Eu estive com um garoto negro e bem medroso chamado Marcos.

Franciel: - Não acredito! Só pode ser ele!

Ravael: - Calma aí. Antizumbi, ele falava "ai meu Deus" o tempo todo?

Antizumbi: - Sim, eu o deixei na base do exercito em São Guilherme, tinha muita gente lá.

Franciel: - Marcos está vivo!

Ravael: - E a maldita base do exército existe, afinal.

Xeu: - Mas o que vamos fazer agora? Seguir até essa base, sei lá, ela pode nem existir mais, já pode ter sido atacada.

Ravael: - E o que tem em mente? Ficar aqui e esperar que os zumbis derrubem as cercas? Nossa única opção é pegar esse armamento pesado, junto de algo que tenha quatro rodas, e passar por cima daqueles malditos lá fora, até chegar nessa base do exército.

Franciel: - Também acho isso o sensato a fazer, mas vamos tomar um pouco de cuidado. Afinal, quanta gente já não perdemos desde que saímos de Colosso? Está difícil manter um grupo unido, temos que nos organizar, criar regras, não é bom algum de nós sair por ai sozinho ou mesmo se arriscar lá fora.

Xeu: - Acho que tá todo mundo de acordo.

Ravael: - Isso tudo tá muito estranho, parece tudo programado, digo, a explosão do caminhão, os ataques dos canibais e aí chega esse Antizumbi e diz que estava com o Marcos; parece que nós estamos seguindo um maldito roteiro, você conseguem me entender?

Xeu: - Cara, é melhor você parar com as drogas, vai por mim.

Ravael: - Ta vendo só? Caras como você são os mais burros e os que deveriam morrer primeiro. Quem sabe você não morra aqui mesmo.

Xeu: - Isso foi uma ameaça?

Ravael: - O que você acha?

Franciel: - Hey! Chega! O mundo acabou e vocês ficam aí brigando.

Logo Tony aparece com enlatados de frango.

Ravael: - Onde tá Dalvyn?

Tony: - Ficou lá atrás, arrumando os mantimentos. Esse enlatado de frango parece ótimo; peguem, vamos.

Franciel: - Jennifer, quero conversar com você.
Franciel e Jennifer seguem até o corredor de artilharia, o qual se dava em total visão da mata lá fora.

Franciel: - Por que você não falou? Por que não me disse que era você?

Jennifer: - Se me beijou era por que sabia, logo eu não precisava falar.

Franciel: - Tá bom, eu sabia que era você, mas eu estava fingindo que não te conhecia por medo de rejeição. Você viu isso e mesmo assim não me disse que era você.

Jennifer: - Isso realmente importa agora? A gente tá junto, mesmo com todos esses zumbis por aí. A gente tá junto e é o que importa agora. Sabe, cara, eu achei que ia te perder.

Franciel: - Não vai, só se um desses zumbis me comer. Mas não vão, eu prometo, vou cuidar de você, nada vai te fazer mal, ouviu?

Jennifer: - Ouvi.

Franciel: - Agora vem aqui.

Os dois se abraçam, Jennifer com os braços em volta da cintura de Franciel e ele com os braços em seus ombros

E lá estavam os dois, um jovem casal a merce do apocalipse, um futuro incerto os aguardava, mas a paixão em um momento de caos despertava algo tão intenso que não poderia ser experimentado em outra ocasião. Afinal, o quanto de amor se pode ter sabendo que a morte esta à apenas alguns passos?

Xeu: - É realmente bom isso.

Antizumbi: - Me sinto cansado, tenho que dormir um pouco.

Ravael: - Tony, tem um negócio estranho aí na sua orelha.

Tony larga sua lata de frango e tira aquele estranho objeto da orelha.

Tony: - Isso aqui é uma escuta, é como se comunicam comigo, legal né?

Ravael: - E por que você usa uma escuta?

Tony: - The Game.

Ravael: - The o que?

Um barulho metálico de desfaz no ar, em seguida outro, Antizumbi e Xeu tinham deixado cair suas latas de frango e estavam agora desmaiados.

Ravael: - Foi o enlatado, não foi? Desgraçado! Franncccieeel!

Ravael só tem tempo para poucos gritos, logo ele também desmaia.

Jennifer: - O que foi isso? Ravael estava gritando.

Franciel: - Vamos lá ver.

Um passo, dois passos, três passos, Franciel e Jennifer estavam agora largados ao chão, também desmaiados.

Tony: - Muito bem, Adah, estão todos dormindo como bebês. Pode levá-los.

Caio: - Acho que você esqueceu de alguém; agora vira bem devagar, não faça movimentos bruscos, senão eu atiro.


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