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- Epi. 21: Separados
Postado Por: Dalvyn
domingo, 21 de abril de 2013
Separados
Mariano corria pela mata, sem rumo, desnorteado. Já não tinha mais flechas e os zumbis saiam de todos os cantos; ele já estava cansado demais pra continuar correndo. À sua frente, um penhasco; lá embaixo, uma forte correnteza; Mariano não tinha mais escapatória, era morrer ou morrer.
Agora, com a morte sendo um futuro próximo, Mariano começa a refletir sobre seu passado: seu primeiro beijo, a família, seus amigos, onde estariam todos agora? Provavelmente já teriam virado zumbis, e Mariano não queria estar vivo para ver isso.
Os últimos minutos, os últimos segundos, tantas experiências em uma vida, tantas coisas que poderia ter vivido, quem sabe até ser pai um dia. Nada disso importava mais. Zumbis e mais zumbis por toda parte. Mariano só tinha uma forma de sair dali, para um lugar melhor ou não. Ao encher os pulmões de ar lentamente e fechar os olhos, Mariano pula.
No meio do campo de batalha, não parava de cair capsulas de balas no chão, mas os zumbis agora não eram o alvo principal, os canibais já tinham sido avistados.
Dalvyn: - Malditos canibais, devia ter acabado com vocês lá na cidade!
Franciel: - Canibais? Como assim?
Dalvyn: - Sim, estão aproveitando o caos de um apocalipse zumbi pra exercer seus hábitos canibalescos.
Ravael: - Mas agora não dá! Ou a gente cuida dos zumbis ou se preocupa com os canibais, e eles não estão atacando, sabem que estão em desvantagem, vamos deixá-los pra outra hora.
O grupo de canibais apenas visualizava a situação, sabiam que não poderiam atacar, não agora. Então por decisão unânime, e sem dizer uma palavra, os canibais recuam, obviamente iriam voltar, em breve.
A maioria dos zumbis estava pegando fogo e perdendo o foco principal. Até certo ponto a explosão do caminhão tinha ajudado, o importante agora era juntar o grupo.
: - Qual seu nome?
Jennifer: - ... Meu nome é Jennifer.
Tony: - Oi, Jennifer, meu nome é Tony. Eu tenho um lugar seguro, um posto de gasolina, não quer vir comigo?
Jennifer: - É... Eu já tenho um grupo...
Mas ao analisar em volta Jennifer percebe que não estava em condições de questionar isso, procurar por seu grupo agora seria suicídio com todos aqueles zumbis por ali, então ela acena que sim com a cabeça; Tony pega em sua mão, conduzindo-a.
O carro onde Aryana havia sido mordida estava pegando fogo, assim como boa parte de toda a área, os zumbis estavam sem foco, o grupo de humanos tinha aumentado e se separado, tudo estava uma bagunça.
Dalvyn: - Nós estamos alojados em um quartel, fica próximo daqui, não querem se juntar a nós?
Franciel: - Desculpa, mas temos que juntar nosso grupo e partir pra São Guilherme.
Dalvyn: - Ok, mas se precisar de ajuda vá até lá, o quartel é a única coisa realmente grande por essa área.
Franciel: - Obrigado pela ajuda, a gente se vê por ai.
Assim, Dalvyn se distancia; ela caminhava tão sedutoramente que era impossível desviar o olhar de seu corpo, com certeza Franciel a veria de novo.
Ravael: - Vamos para o quartel!
Franciel:- Como assim? E os outros?
Ravael: - Pensa, Franciel, já devem ter morrido ou fugido pra algum lugar, vamos fazer isso também.
Franciel: - Mas se eles voltarem?
Ravael: - Vamos fazer assim: a gente pede pra Dalvyn dar uma ronda aqui, de horas em horas.
Franciel: - Mas e a Aryana? Jennifer? e o Mariano?
Ravael: - O mais importante agora é a gente achar um lugar seguro pra ficar, depois achá-los e levá-los pra lá.
Franciel: - Tá bom! Com você não tem discussão, então vamos!
Ravael: - "Não tem discussão" sei...
Tony guiava Jennifer; tinham alguns zumbis por ali, a maioria estava pegando fogo. O posto não ficava muito longe, apenas a poucos metros dali.
Tony: - Quantos anos você tem?
Jennifer - ... 18.
Tony: - Legal, eu tenho 18 também. O pessoal do posto vai gostar de você.
Jennifer não gostava muito da ideia de mudar de grupo, já tinha criado laços com os outros, mas ela sabia que a teimosia de Franciel a encontraria, em breve.
A casa dos canibais ficava por ali, na mata, um local cercado e cheio de cabanas; parecia que a anos viviam ali. Era impossível não discernir o cheiro de sangue humano - que estava por toda a parte. O grupo total dos canibais chegava a 30 pessoas, eram bem organizados, apesar da facilidade de achar humanos em um apocalipse eles sabiam que em breve suas fontes de alimentação iriam se esgotar.
: - Hey, chefe. Tá faltando carne, pretende atacar o quartel?
: - Atacar o quartel é suicídio, vamos atacar aquele posto que fica próximo a estrada. Amanhã de manhã, quero 5 homens comigo.
: - Vou preparar isso, chefe.
O Quartel...
Era um lugar amplo, com prédios e barracas enormes, a maioria dos oficiais tinha fugido para ficar com suas famílias quando tudo começou; Dalvyn foi a unica oficial de maior patente que ficou com seu pequeno batalhão.
Franciel estava mais tranquilo, Dalvyn faria uma ronda pela área onde o caminhão tinha explodido para achar os amigos dele, quando aquele lugar se acalmasse um pouco.
Ravael e Franciel se acomodaram em uma ala próxima a sala de Dalvyn, os dois não pediram outras armas, apenas um pouco de comida.
Ravael: - Você vai falar com ela?
Franciel: - Quero saber os detalhes da ronda de amanhã, estou preocupado com o resto do grupo.
Ravael: - Assim que acharem o grupo a gente parte, nosso foco principal é São Guilherme
Franciel: - Tá bom, eu vou falar com ela.
Franciel vai até a sala de Dalvyn, e logo entra.
Franciel: - Dalvyn? Ta aí?
Dalvyn: - Tô sim, senta aí.
Dalvyn era realmente sexy, sua pele morena e suas cochas grossas deixariam qualquer homem babando. Mas Franciel não era assim.
Franciel: - Então, eu queria saber se posso participar da ronda de amanhã, estou muito preocupado com meus amigos.
Dalvyn: - Claro que pode, vai ser um prazer.
Franciel: - Muito obrigado por nos trazer pra cá, Dalvyn.
Dalvyn:- Sabe, eu quero um pagamento garoto de cabelos vermelhos.
Franciel: - Err... Como?
Dalvyn - que estava sentada logo atrás de sua enorme mesa - se aproxima de Franciel - que estava no sofá -, passa as mãos nos cabelos dele e senta em seu colo.
Dalvyn: - Pode me pagar dessa forma, com muito prazer.
Antizumbi não tinha descido ao campo de batalha; logo, quando estava descendo seu helicóptero, aquela abrupta explosão o fez desistir, mas isso danificou seu helicóptero.
Antizumbi: - Porcaria! Essa merda vai cair!
Lá em baixo estavam cabanas e pessoas estranhas. Antizumbi não ia conseguir manter o helicóptero no ar por muito mais tempo.
: - Hey, Chefe. O que é aquilo?
Um cara passando um palito entre seus dentes afiados responde.
: - Parece um helicóptero.
Sim, era um helicóptero, e segundos depois de Antizumbi pular dele, o helicóptero atinge o solo, destruindo umas 5 cabanas a sua frente.