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Postado Por: Dalvyn terça-feira, 23 de julho de 2013


A Liberdade é Vermelha

4 anos atrás.

O caso envolvendo a carbonização dos pais de Franciel era um total mistério, o detetive não conseguia encontrar nenhuma prova consistente sobre nada.


Franciel seguia internado no hospital, ganharia alta em breve. Marcos e Aryana o visitavam todos os dias.

O pai de Franciel lhe havia escrito uma carta e deixado com seu irmão (tio de Franciel) para que futuramente essa carta fosse entregue ao próprio Franciel; o que foi feito. 

Dois dias após Franciel estar morando com o tio, ele criou coragem e lhe entregou a carta. Os dois leram e decidiram, assim, nunca falar sobre ela.

A carta falava sobre o Virum Immortales, o Instituto de Colosso e de como o vírus foi liberado.

Segundo a qual uma revolução de funcionários teria obrigado os chefes da corporação a exportar o vírus para Santaro, mesmo sem ser analisado, sendo futuramente usado na guerra civil daquela cidade.

O detetive responsável terminou por arquivar o caso, alegando falta de provas.

Franciel seguiu sua vida normalmente, até os acontecimentos de quase um mês atrás: a disseminação do vírus por meio gasoso. Ele estava na escola no exato momento, e vem tentando sobreviver desde então. Os únicos remanescentes da turma 82, sendo ele e Marcos, já foram inicializados no The Game.

Muitos fatos permanecem ocultos, como a morte dos pais de Franciel, assim como os de Ravael. A possível imunidade de Ravael perante o vírus e tantas outras coisas.


ETAPA 1, FRANCIEL E RAVAEL
PROCESSO: PENDENTE

Fora das instalações do The Game o Sol começava a se pôr, deixando as nuvens com um incrível tom rosado.

Cabelos vermelhos estendidos ao chão.

Franciel estava inconsciente.

Sala bastante iluminada, com um telão à frente. Aos poucos ele retomava a consciência.

Um longo e fino recipiente transparente estava bem ao centro da sala, fundido ao chão.

Uma tesoura.

"Tam!"

Barulho vindo do telão, logo uma luz branca sai dele como se estivesse ligando.

"Parabéns, Franciel, você está participando do The Game"

Textos sequenciais passavam pela enorme tela.

"Você deve estar se perguntando o que é The Game ou por que está aqui. Pois bem, vou lhe explicar."

"Na sala ao lado estão todos seus amigos, inclusive Marcos."

"Você tem uma hora e duas alternativas."

"Primeira: Corte seus pulsos e deixe o sangue escorrer dentro desse recipiente transparente, faça-o transbordar de sangue, salvando assim seus amigos. Não posso dizer o mesmo de você.
Segunda: Não corte seus pulsos, seus amigos morrem e você pode ir embora. Mas não se esqueça que uma mentira contada quatro vezes se torna verdade."


Franciel estava tentando entender tudo aquilo, tinha apenas duas alternativas e uma hora; era difícil pensar.

Presidente: - Ele parece bastante calmo.

Adah: - É quase sempre assim no começo.

"Franciel antes que escolha uma das alternativas, não esqueça que você esta trancado aqui. Vou lhe dizer a verdade sobre o Virum Immortales: a carta do seu pai era falsa, um documento para apenas confortá-lo."

Os textos seguiam.

"O vírus foi sim criado, mas não por nós. Foi exatamente pelo grupo de funcionários que seu pai criou e liderou, junto dos pais de Ravael."

"Franciel, eu lhe pergunto agora: você lembra da sua mãe? Lembra dela um dia antes da sua casa pegar fogo? Lembra dela um mês antes disso?"

Franciel sentia suas mãos tremerem, não conseguia lembrar de sua mãe e nem do motivo pelo qual ela não apareceu mais em casa. Inclusive não tinha lembranças claras daquela época, parece tudo distante e disforme.

"Após criarem o vírus, sua mãe se ofereceu para ser a primeira cobaia. O vírus foi criado para ser um supressor da raiva, do ódio, sentimentos humanos. Atacava diretamente o sistema nervoso, o impedido de transmitir tais informações ao cérebro. O vírus não surtiu efeito, sua mãe continuava a mesma, passaram assim para outras cobaias; as quais se tornaram seres irracionais, sedentos por carne humana"

"Poucos dias depois, e com pelo menos dez dessas criaturas escondidas no Instituto de Colosso, três delas atacaram um dos cientistas e se libertaram. Sua mãe foi a segunda a ser pega, ela era imune a tal vírus, mas não era imune a ser comida até os ossos."

"Seu pai conseguiu despachar o vírus para Santaro antes que todos descobrissem, mas cometeu o fatal erro de colocá-lo nas mesmas caixas das armas químicas. A guerra civil em Santaro estava em seu auge, um dos lados acabou por usar o vírus achando que se tratava apenas de uma arma química letal."

"Em Colosso tudo já havia sido descoberto e os zumbis foram, assim, fuzilados. Tudo isso causou um enorme tumulto no instituto, os funcionários queriam o grupo que criou o vírus fora de lá; no dia seguinte, tudo estava nos jornais."

"A carta do seu pai foi uma jogada de mestre, escondendo todos os fatos reais. Assim como os remédios que te provocavam falta de memoria dados pelo seu pai no café da manhã."

"Pouco tempo depois um agente do Instituto de Colosso foi mandado a sua casa, para matar seu pai queimado e incluir na cena do crime um cadáver feminino para que a policia nada suspeitasse do sumiço da sua mãe."

"Assim como sua mãe, você e Ravael são imunes ao vírus. Vocês são irmãos por parte de pai, seu pai mantinha um relacionamento com a mãe de Ravael; os dois eram amantes."

"Franciel, a verdade foi lhe revelada, mas o The Game ainda segue. Você tem quarenta minutos para tomar uma decisão. Não se esqueça que você está trancado aqui."

Franciel estava de joelhos, não conseguia acreditar.

Seu pai lhe dava remédios para que ele não sentisse a falta da mãe, seu pai foi quem liberou o vírus o mandando para Santaro.

Ele era imune.

Ravael era seu irmão.

Tantas e tantas informações novas, era difícil acreditar naquilo. Franciel sentia um enorme vazio no peito, como se toda sua vida tivesse sido uma total mentira.

"Não esqueça que você está trancado aqui."

O aviso pulsava na tela.

Franciel não podia fraquejar agora, ele respira fundo e pega a tesoura.

Presidente: - Pelo jeito, ele vai se cortar.

Com a tesoura em mãos ele para, olha para o telão e fala.

Franciel: - Então quer dizer que meus amigos estão na sala ao lado? Se eu me cortar eles vivem?

"Isso mesmo, mas não se esqueça que você está trancado aqui."

Franciel: - Mas não se esqueça que uma mentira contada quatro vezes se torna verdade. Valeu pela ajuda.

Presidente: - Impossível! Ele descobriu!

Franciel some da visão da câmera.

Logo a imagem acaba e só se vê interferência.

Adah: - O que esta acontecendo? Onde ele está?

Franciel: - A verdade é que isso é um jogo, tudo aqui é mentira, principalmente o fato de eu estar trancado.

O cabo da câmera estava no chão, cortado pela tesoura.

Franciel vai ate a porta da sala, coloca a mão na maçaneta e a gira.

Ele não estava trancado.

Adah: - Ótimo jogador, descobriu a mentira e em vez de morrer pelos amigos ou viver sem os amigos, decidiu salvá-los.

Franciel, empunhando a tesoura, sai correndo por aquele enorme corredor branco e percebe uma sala aberta; ele entra.

Muito sangue. Aryana.

Marcos chorava com o rosto no colo dela, já morta.

Franciel: - Marcos?

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