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- Epi. 23: Quem é Franciel?
Postado Por: Dalvyn
domingo, 5 de maio de 2013
Quem é Franciel?
A sala de Dalvyn era toda estampada por uma estranha camuflagem cinza, que deixava o lugar com um ar patriótico.
Dalvyn: - Claro que pode, vamos lá.
Com as mãos, ele afasta o corpo de Dalvyn do seu, tirando-a de seu colo.
Dalvyn: - Mas qual o seu problema!? É viado?
Franciel: - Só me deixa em paz.
Franciel se levanta e sai da sala. Ele ainda podia ouvir os gritos de Dalvyn, ela dizia algo como "viadinho", mas isso não importava.
Ravael estava lá sentado, limpando sua katana com uma camiseta velha.
Ravael: - Então?
Franciel: - Deu tudo certo...
Ravael: - Eu vou dormir um pouco.
Franciel: - Ravael?
Ravael: - Sim?
Franciel: - Quero conversar.
Ravael: - Pode falar.
Franciel: - Você sente falta da Dienyfer?
Ravael: - Mas que papo é esse? Obvio que eu sinto.
Franciel: - Sabe, eu não gostava dela mesmo...
Ravael: - Como assim? Você não era louquinho por ela?
Franciel: - Era o que eu dizia e tentava dizer pra mim mesmo. Eu até gostava dela, mas nem tanto. Quando ela foi mordida lá na escola eu quis ficar mal, me sentir mal, eu tentava mesmo, mas não conseguia.
Ravael: - Pra quê fingir que gostava dela?
Franciel: - Porque eu não teria chance com a pessoa que eu gostava mesmo, então me senti melhor inventando uma paixão da escola, eu sei isso é loucura, mas tente me entender. Quando a Aryana me beijou lá na praia eu também não senti nada, mas eu sabia que ela queria isso, que isso faria ela feliz.
Ravael: - Eu estou aqui, olhando nos seus olhos, e não sei quem é Franciel. Você acha que pode mudar as coisas, enganar as pessoas por motivos pessoais... afinal, quem é Franciel?
Franciel: - Jennifer. Eu falava com ela pela internet, eu realmente a amo. Fui na casa dela uma noite, ela achava que eu não sabia onde ela morava nem nada, mas eu queria tanto que acabei descobrindo. Fiquei lá olhando pela janela, vendo ela dormir, tão linda. Mas eu sei que não tenho nenhuma chance, eu sei disso.
Ravael: - Não, espera! Tá falando da Jennifer? Você achou ela e não disse nada?
Franciel: - Tava esperando ela dizer algo, eu sabia que se ela me visse e ficasse feliz ou algo assim, seria bom, mas ela me viu e isso não provocou nenhuma reação nela.
Ravael: - Você já parou pra pensar que ela pode ter feito o mesmo? Ter esperado uma reação sua?
Franciel: - Não, quando a gente se falava ela nunca me mostrou uma foto dela ou algo assim, ela achava que eu não sabia quem ela era, mas eu fiquei sabendo depois daquela noite que fui na casa dela.
Ravael: - Então ela não disse nada porque achava que você gostava da Aryana? Ou algo assim. Muito complicado, mas isso não importa. Franciel, se a gente achar ela viva, você vai ser homem, olhar na cara dela e dizer que a ama, entendeu?
Franciel: - Tá bom...
Ravael: - E chega dessas mentiras bobas, chega de enganar os outros. Se a gente achar a Aryana, vá pedir desculpas a ela. Se você não fizer nada disso, vou meter essa katana no seu rabo, viu?
Franciel: - Tá bom, tá bom! Eu vou fazer isso.
Ravavel: - Agora pare de encher meu saco e vá dormir, amanhã vamos procurá-los.
Franciel: - Obrigado, Ravael, e boa noite.
Ravael: - Boa, boa, boa!
Franciel: - Eu ainda não sei quem eu sou...
Ravael: - ...
Lá estava o local de moradia dos canibais; boa parte tinha sido destruído pelo helicóptero, que estava agora despedaçado.
Antizumbi havia conseguido pular à tempo; ainda estava atirado no chão olhando o estrago que tinha feito.
Antizumbi: - Que merda!
"Peguem aquele desgraçado!"
Antizumbi ouve gritos, se levanta ainda meio tonto e tenta andar.
"Eu quero comer a carne dele!"
Antizumbi estava desprotegido, sem nenhuma arma, a unica coisa por perto era uma barra de metal que tinha se desprendido do helicóptero; Antizumbi logo a encontra.
Pelo menos 6 canibais vinham correndo na direção dele, Antizumbi sabia que não tinha chance. Ele pára e olha em volta. Tinha fogo, árvores e pedaços de metal. Logo, ele pensa:
...: - Cadê aquele cretino? Ele tava aqui!
...: - Vamos nos separar. 3 vão por lá, e nós 3 ficamos aqui.
...: - Tá bom
Antizumbi estava ali, imóvel. De sua testa, escorria suor.
Antizumbi: - Espera... Espera... Agora!
Um dos canibais é atingido por algo pegando fogo vindo de cima - talvez uma camisa -, logo Antizumbi pula da árvore e crava a barra de metal na barriga do outro canibal; ele se ajoelha de tanta dor. O canibal logo se livra da camisa queimando, olha pro lado e vê seu amigo agonizando de tanta dor.
...: - Seu bastardo!
Foi sua ultima frase, antes de levar um direto de esquerda no queixo, o nocauteando.
Havia ainda um canibal de pé. Ele era grande e tinha aqueles estranhos dentes afiados; parecia um verdadeiro animal. Antizumbi e ele ficaram se encarando por algum tempo, até Antizumbi ser acertado por um chute direto no estômago. Ele tenta se levantar, mas leva uma joelhada na cara, logo sangue começa a escorrer do seu nariz. Antizumbi junto ao chão aproveita pra encher a mão de terra, se levanta rapidamente e joga toda a terra nos olhos do canibal, então Antizumbi o empurra, fazendo-o rolar mata abaixo. Os outros 3 canibais já estavam vindo, Antizumbi sabia que não tinha chance contra mais 3, assim ele sai correndo pela mata, sem rumo.