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- Epi. 20: Na Fronteira
Postado Por: Dalvyn
domingo, 10 de março de 2013
Na Fronteira
São Guilherme...
Antizumbi: - Tenho que te falar algo, Marcos...
Marcos: - Pode falar.
Antizumbi: - Eu não posso seguir daqui com você...
Marcos: - Como assim?
Antizumbi: - Tenho planos e coisas pendentes ainda, coisas que tenho que resolver sozinho. Você está seguro aqui, está mais corajoso do que quando eu te conheci.
Marcos: - Então você vai me deixar aqui? Sozinho?
Antizumbi: - Sozinho? Olhe lá embaixo, esta cheio de gente. Eu vou descer o helicóptero, mas só você vai sair, ok?
Marcos: - Você não pode fazer isso! Só tenho você! Todos meus amigos morreram!
Em uma atitude inesperada, Antizumbi abraça Marcos, como um pai.
Antizumbi: - Não se preocupe, a gente vai se ver de novo. Se cuida por ai, e não se apegue muito as pessoas, não agora.
Marcos: - Tá bom, você foi como um pai pra mim...
Antizumbi:- Nunca pensei em ter filhos, crianças são muito chatas, mas você até que vai.
Aos poucos o helicóptero vai se aproximando do solo, tinha o risco dos soldados irem atrás de Antizumbi por ele estar com um helicóptero, mas ele foi rápido, abriu e porta e logo Marcos saiu, e então ele levantou voo.
Marcos estava lá, parado, olhando o helicóptero ir embora, sem nenhuma noção de futuro. O que ele faria agora? Sem amigos, família, sem nada... Era duro pensar, mas Marcos sabia que tinha de seguir em frente, e agora estava seguro; agora.
Logo ele caminha até alguns soldados que o levam ao posto médico.
Promicuo...
Mariano: - Já estamos na fronteira.
Franciel: - O que é aquilo ali a frente?
Aryana: - Um caminhão?
E ali estava, bem no meio da pista, um enorme caminhão virado, era impossível passar de carro.
Mariano: - Vamos ter que sair.
Franciel: - Tem uns carros ai em volta, vamos nos dividir e procurar alguma coisa útil, armas, comida, qualquer coisa.
Assim todos saem do carro. Jennifer ainda estava com uma cara fechada, a mesma de Ravael, era até ruim ficar perto dos dois. Franciel não gostava de ver os dois assim, queria um grupo unido, ele não sabia o que pensar em relação a Ravael, se a morte de Dominic foi culpa dele ou não, mas isso não importava mais.
Mariano: - Não acredito nisso!
Dentro de um carro, um pouco distante do grupo, estava um arco e flechas, o que mais Mariano queria. Logo ele abre o carro, se certifica de que não tem nenhum zumbi dentro e pega o arcos e as flechas.
Mariano: - Nem acredito nisso!
Jennifer decide abrir uma caminhonete mais a frente, no banco de trás estava uma mulher, não era um zumbi, ela estava morta. Caído ao chão do carro estavam vários comprimidos, aparentemente suicídio. No banco da frente estava um diário, o qual Jennifer pega para ler, as ultimas páginas.
" Tudo sempre foi tão belo, as pessoas andando nas ruas de mãos dadas com seus filhos e namorados. É difícil acreditar que essas mesmas pessoas se tornaram aquelas criaturas horrendas, as mesmas que tiraram meu filho de mim, dos meus braços; eu o vi sendo devorado por humanos, aquilo foi horrível. Nos trancamos em casa, trancamos tudo, lá fora já não era mais belo, lá fora era o inferno, quem sabe a morte não seja uma salvação. Realmente vale a pena continuar? Mesmo sabendo que não, meu marido estava aqui, sempre esteve, eu o amo, quero viver pra poder beijá-lo de novo, quero que ele me pegue no colo e me diga coisas engraçadas, doeu muito quando ele saiu desse carro, eu o vi sendo devorado por aquelas pessoas que andavam de mãos dadas. Agora eu perdi tudo, não tenho mais porque continuar, quem sabe algum dia alguém leia isso, quem sabe esse alguém seja como eu, com um filho e um marido, uma família, eu quero que esse alguém siga em frente, não pare, viva mesmo que não tenha mais sentido viver, e eu quero que essas pílulas façam efeito rápido. "
Cristen H.
Jennifer mesmo sem perceber estava chorando, isso era difícil pra ela, foram poucas as vezes que ela chorou.
Aryana: - Está tudo bem, Jennifer?
Jennifer: - Está sim...
Aryana: - Vem aqui, vamos caminhar um pouco.
Então Jennifer coloca o diário novamente no banco da frente da caminhonete, e bate a porta.
Ravael estava mais afastado do grupo, andando entre os carros, acaba por achar uma carteira de cigarros e um esqueiro dentro de um deles, logo acende um cigarro e olha em volta, por ali tinha muito sangue. Ele vira pra esquerda e olha pro chão, tinha um zumbi comendo um bebê, a criança ainda chorava, o zumbi estava sem as pernas.
Não, Ravael não se abalou com isso, apenas achou algo pra descontar sua raiva, e foi o que fez, espalhando mais sangue pelo local. Com o barulho que fez com sua katana atraiu mais zumbis que estavam por perto, isso era excitante pra Ravael. Braços, pernas e tripas jogadas por cima dos carros, mas agora tinha um problema: o número de zumbi realmente estava aumentando. Ravael decide sair dali, não dava mais conta.
Franciel, com uma enorme marreta na mão, achada em um carro, vai até o centro do grupo.
Franciel: - Então, o que acharam?
Mariano: - Eu achei um arco e algumas flechas.
Aryana: - Eu achei remédios e comida enlatada.
Jennifer: -...
Franciel: - Cadê o Ravael?
Mariano: - É aquele que tá vindo correndo ali?
Aryana: - Ei, gente! Zumbis!
atrás de Ravael vinha uma horda de zumbis, do lado contrario vinha outra.
Franciel: - Aryana, entra no carro!
Jennifer vai pra baixo de um carro, Mariano segura firme seu arco, e Franciel levanta sua marreta.
Franciel: - Tá todo mundo pronto?
Mariano: - Sim!
Ravael: - Deixa que eu cuido do lado norte, Franciel fica com o Sul e Mariano ataca a distância com suas flechas.
Era um bom campo de batalha, tinham bastante carros, o que atrapalhava os zumbis.
Então, a matança começa. A marreta de Franciel era pesada, do tipo que se usa com as duas mãos, o que fazia com que ele perdesse velocidade, mas era ótima pra esmagar cabeças; apenas um golpe e pronto. Ravael é sempre rápido e ágil com sua katana, e Mariano tinha uma ótima pontaria.
Ravael: - Não vai dar! Temos que nos separar!
Então vai cada um para um lado, Mariano sobe em um carro pra ter uma melhor visão dos zumbis, Franciel precisa de espaço então vai pra mais longe, já Ravael usa os vários carros como armadilhas pra atrapalhar e dividir os zumbis.
Jennifer olha pro lado e vê um banheiro químico, seria melhor que ficar embaixo do carro, quando algo puxa seu pé, nesse exato momento ela sai debaixo do carro e vai correndo até o banheiro químico, ao abrir a porta havia um zumbi la dentro, mastigando um braço que estava em seu colo.
Jennifer: - Porcaria!
Ao se virar vê mais zumbis, vindo lentamente em sua direção, não tinha saída, então ela apenas fica parada, em choque. Mas quando suas esperanças já estavam se esvaindo ela ouve três tiros, os zumbis a sua frente e o que estava no banheiro químico, caem ao chão. Então ela abre os olhos, olha pra frente e vê um rapaz com estranhos cabelos verdes segurando uma pistola.
: - Você está bem?
Os zumbis tinham avistado Aryana dentro do carro, logo em volta do carro estava infestado de zumbis, eles começavam a balançar o carro, mais e mais, até que um deles consegue quebrar o vidro e segura o cabelo de Aryana.
Aryana: - Aaaaahhh! Socorro!
Outro zumbi quebra o vidro da frente, Aryana tenta empurrá-lo, mas ele chegava mais perto, então ela consegue tirar o rádio do carro e acerta com ele na cabeça do zumbi. Outros zumbis estavam entrando no carro, ela agora estava ouvindo barulhos de tiros, quando sente uma forte mordida nas costas, um zumbi tinha conseguido entrar pelo vidro de trás, ela gritava muito, mas não ia adiantar, a pessoa que estava lá fora não ia poder ajudá-la, não com todos aqueles zumbis.
Mariano estava cercado e não era muito bom em brigar, então só resta correr. Ele pula do carro e corre pra mata, com uma horda de zumbis atrás. Ele corre cada vez mais, mas até dentro da floresta tinham zumbis; ele se deu mal, pois ali estavam acampados muita gente, havia muitas barracas, agora eram todos zumbis. Só resta a Mariano usar uma de suas flechas como faca, assim ele crava a flecha em um dos zumbis, pega um botijão que estava a sua frente e atira em outro zumbi.
Franciel e Ravael estavam agora lado a lado, matando e dilacerando zumbis, no chão dava pra ser ver sangue escorrendo, alguns dentes e vísceras, a katana de Ravael estava escorrendo sangue.
Franciel: - Ta cansado?
Ravael: - Mas fácil você dizer isso.
Quando dois carros param próximos a Franciel e Ravael, varias pessoas fortemente armadas saem deles, uma garota, morena e bonita vai até Franciel.
Dalvyn: - Meu nome é Dalvyn, pelo jeito estão encrencados.
Franciel: - Dalvyn?
Dalvyn: - Sim, e o seu?
Franciel: - Franciel...
Dalvyn: - Agora descansem, deixa que a gente cuida disso!
Dalvyn tinha um porte atlético, usava longas calças camufladas, na parte de cima só o sutiã, e atira com um fuzil como ninguém.
: - Estou ouvindo barulhos de tiros, deve ter humanos por aqui, vamos.
No meio da mata havia um grupo de 10 homens, todos com os dentes estranhamente afiados, pareciam canibais.
Antizumbi sobrevoava toda aquela área, ao ver aquela confusão la embaixo, decide descer.
Um caminhão vinha pela estranha, estava em alta velocidade, o motorista um senhor velho, estava sangrando.
: - Eles comeram minha filha, comeram ela! Canibais desgraçados!
Então ele desmaia, o caminhão vira e bate com o outro que estava na pista, o que se vê era uma grande explosão.