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Postado Por: Dalvyn domingo, 3 de março de 2013


Meu nome é Gian, eu tenho 20 anos...

Não gosto de me vangloriar, mas sou faixa preta em Aikido, especialista no uso da Katana...

Treinei e me formei no mesmo lugar que Ravael - meu primo e único parente próximo.

Sim, Ravael é meu primo, não tem as mesmas habilidades que eu, mas é meu primo e único parente próximo. Então é meu dever protegê-lo.


Só sei que ele mora em Colosso e eu estou em Santaro, ou seja, devo ir até lá para encontrá-lo.

Enfim, vou falar um pouco o que esta acontecendo. Houve uma guerra aqui, por disputa de poder, todos os habitantes de Santaro ficaram assustados e se esconderam no lugar mais fundo de suas casas. Até aí tudo bem. Sim, eu disse "até aí tudo bem". Porque o que veio em seguida foi bem pior, eu estava lá, no exato momento em que tudo aconteceu.

Gian morava sozinho na área pobre de Santaro, trabalhava a maior parte do tempo, chegava em casa só à noite.
Os alertas para não sair de casa, ficar escondido e se proteger estavam em todo lugar: nas ruas, na televisão, na rádio, etc.
Mesmo assim, Gian não se preocupava; saia quando queria, pra onde queria, afinal, levando sua katana nas costas ele estava protegido.

Logo os assaltos, saques, roubos e estupros aumentaram gradualmente.

Mas vamos ao ponto inicial: tudo começou quando Gian voltava do trabalho com seu amigo Luter. Era noite, há dois dias atrás.

Gian: - Essa guerra, pra mim, não tem sentido nenhum. Era só cada lado sortear um vencedor e pronto, guerra acabada.
Luter: - Hahahaha, se tudo fosse tão fácil assim, seria ótimo.
Gian: - Mas ainda bem que eu tenho minha katana, sem ela não passo de um inútil.
Luter: - Pelo menos você tem algo pra se proteger, ontem saquearam a minha casa e eu não pude fazer nada. Ver minha mulher e meu filho sendo ameaçados por aqueles desgraçados e eu não podendo fazer nada!
Gian: - Mas machucaram alguém? Está tudo bem?
Luter: - Sim, tá tudo bem, mas levaram metade da casa. Fui até a delegacia pra dar queixa, mas quando cheguei lá ela estava pegando fogo, me senti impotente.
Gian: - Olha só, cara, eu moro sozinho, se você quiser que eu fique uns dias com você e sua família...
Luter: - Sério, cara? Eu ficaria grato.
Gian: - Já posso ir pra lá hoje se quiser, e se me der uma carona, sempre volto pra casa caminhando, e você tem carro.
Luter: - Hahaha, ok, eu te levo.

Assim, os dois entram no carro. Luter liga a rádio, a mesma passava um alerta de emergência:
"A guerra acabou de eclodir no centro da cidade, um dos grupos lançou um gás misterioso, o que fez com que os mortos voltassem a vida e devorassem os vivos, se você esta ouvindo essa transmissão saia imediatamente de Santaro....zz..zzz"

Então a estação de rádio cai, Luter muda para outras, mas todas haviam caído.
Luter: - Será que isso é verdade?
Gian: - Vamos pra minha casa, rápido! Lá eu pego algumas coisas minhas e depois a gente vai pra sua casa pra buscar a sua família!
Luter: - Ok

Luter acelera, a volta havia pessoas correndo para todos os lados, tiros e gritos, era um caos total.
Gian: - Não fique nas ruas principais, isso é suicídio!

Assim, Luter desvia para um rota alternativa, uma rua de terra.

Gian: - Puta que pariu!
Luter: - O que aconteceu?
Gian: - Olha pro céu!
Então Luter ergue sua cabeça pra cima e olha pro céu, uma imensa nuvem cinza passava, ela ia aumentando tanto de tamanho quanto de cor, agora estava quase negra.

Luter: - Fim do mundo?
Gian: - Se a gente tiver sorte.

Quando de repente uma forte rajada de vendo e névoa atinge o carro.
Alguns minutos depois...

Gian: - O que aconteceu?
Luter: - E eu vou saber?!
Gian: - Você está todo sujo, parece carvão!
Luter: - Você também!
Gian: - Vamos sair do carro, o pará-brisas tá totalmente sujo.
Luter: - Temos que limpar e voltar, ficar lá fora sem um carro é um risco agora.
Assim os dois saem do carro, em volta tudo estava coberto por uma camada de poera negra, parecia que a lava de um vulcão tinha passado por ali.

Luter: - Agora sim parece o fim do mundo!
Gian: - Não temos tempo pra isso, vamos limpar o vidro rápido.

" socorro...socorro...socorro "

Três gritos são ouvidos pelos dois, aparentemente estava perto.
Luter: - O que foi isso?
Gian: - Alguém pedindo socorro.
Luter: - Com essa névoa maldita não dá pra enxergar nada!

Logo a frente uma senhora vinha caminhando, gritando "socorro" , Gian logo tira a katana das costas.

Gian: - Luter, vá falar com ela.
Luter: - Por que eu?
Gian: - Porque quem tem uma katana aqui sou eu!

Então luter se aproxima da senhora, ela estava sangrando no rosto e nas mãos.
Luter: - O que aconteceu, senhora?
...: - Eles estão vindo, saiam daqui, saiam!
Luter: - "Eles" quem?
...: - Os zumbis!
Quando a senhora cai no chão, Luter se abaixa e checa o pulso dela, ela tinha morrido.

Gian: - Luter! Volta aqui!
Luter: - Tá ouvindo isso?
Gian: - Luter! Volta!

Mais a frente um grupo enorme de pessoas sagrando e mutiladas vem em direção a Luter, ele corre até Gian, e os dois entram no carro.

Gian: - Acelera! Vai!

Luter pisa fundo no acelerador, acaba atropelando todas aquelas "pessoas" que na verdade eram zumbis, mas logo a frente tinha uma curva e logo abaixo um penhasco, Luter não consegue frear a tempo, fazendo o carro cair penhasco abaixo.


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