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Postado Por: Dalvyn quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Carnificina



Ravael estava deitado em um gramado verde e amplo. O Sol brilhava intensamente em sua testa. Ele se levanta, caminha um pouco por aquele amplo campo; ao lado tinha alguns girassóis e grandes árvores que formavam uma imensa sombra ao chão.

Dienyfer estava sentada em uma toalha com uma cesta de frutas ao seu lado; logo Dominic vem correndo e se deita ao lado de Dienyfer; as duas pareciam estar conversando e sorrindo.


Ravael passa a mão nos olhos, não estava acreditando no que viu, ele não sabia se aquilo era um sonho, uma miragem ou apenas realidade.

Dominic: - Ravael, vem aqui! Quer uma fruta?

Dominic sorrindo - e aparentemente muito viva -, chama Ravael para se juntar a ela e Dienyfer.
Ravael se senta no meio das duas, ele não conseguia acreditar no que via, mas já que aquilo estava acontecendo, ele decide apenas viver o momento. Ele olha para Dienyfer, depois para Dominic, as duas eram perfeitas aos seus olhos, ele estava onde queria estar.

Será que aquilo era real? Ou ele tinha morrido e se juntado as duas? Ravael foi sempre uma pessoa fria por fora, mas por dentro tinha uma confusão de sentimentos: ele amava Dienyfer, mas sentia algo por Dominic que não conseguia descrever.

O braço de Ravael começava a sangrar, aparentemente sem motivos, o sangue só brotava de sua pele, ele não estava entendendo aquilo.

Dienyfer: - Está tudo bem, Ravael?

Ravael tenta responder, mas não consegue, quando ele começa a ouvir um estranho barulho de água; o barulho ia aumentando, mais e mais, até a água tomar conta do gramado. Ele se levanta, olha para os lados, agora tudo estava pura água, então uma onda gigantesca atinge Ravael.

Ravael acorda, estava no fundo da piscina, seu braço estava sangrando e com um extenso corte, então ele nada até a borda da piscina.

Ele abre bem os olhos e vê que aquilo é real, o apocalipse zumbi é real, o fato dele ter pulado do décimo andar foi uma realidade, Dienyfer e Dominic eram apenas um sonho, um bom sonho, mas sendo ele Ravael, não vai viver de sonhos.

Na borda da piscina estava sua katana, suja de sangue na ponta - sangue do seu braço -. Ele devia ter jogado a katana para mais longe.

Alguns zumbis estavam ali, Ravael parecia mais destemido e corajoso do que nunca. Logo, pega sua katana da borda da piscina, a segura firme, e o massacre começa. O primeiro zumbi tem os dois braços cortados com dois leves toques da katana, depois Ravael chuta ele na piscina, e assim ele segue a carnificina.

O Armazém...

Franciel: - Eu desço primeiro.
Mariano: - Já que você vai ser o primeiro, leva a minha arma.
Franciel: - Ok.
Jennifer: - Desce rápido! O fogo já está se espalhando.

Lá embaixo, na rua, tinham alguns zumbis. Assim que Franciel desce, alguns zumbis percebem e vêm em direção à ele.

Franciel: - Desçam rápido!

Então, todos descem; agora o número de zumbi só aumentava.

Aryana: - Pra onde vamos?
Franciel: - Temos que buscar Ravael e Dominic no Edifício logo a frente.
Mariano: - Não vai dar, tem muitos zumbis na entrada, parece que os dois chamaram a atenção deles. Vamos dar a volta e ir por trás.
Jennifer: - Não seria melhor dividir o grupo? Digo, dois ou três vão pelo lado oposto e chamam a atenção dos zumbis, assim os outros vão poder entrar no edifício pela parte de trás.
Mariano: - Franciel está com a arma, ele chama a atenção dos zumbis.
Franciel: - E quem decidiu isso? Eu concordei? Acho que não!
Jennifer: - Agora não é hora pra chilique, pega essa porra dessa arma com vontade e você e a Aryana vão pelo lado oposto!
Aryana: - Vamos, Franciel, a gente pega um carro e espera eles lá.

Assim, o grupo se separa. Franciel e Aryana para um lado e Jennifer e Mariano para outro.

Mariano: - Se eu achasse meu arco, poderia ajudar muito mais.
Jennifer: - Agora é tarde, a gente não tem nenhuma arma, só nos resta fugir!
Logo, os dois chegam na parte de trás do edifício; uma porta de metal dava acesso a piscina e a parte de recreação do edifício.

Jennifer: - Está ouvindo esses barulhos?
Mariano: - Podem ser zumbis.
Jennifer: - Parece algo sendo cortado.
Mariano: - Uma espada?
Jennifer: - Ravael!

Então, Mariano força a porta até ela abrir. Perto da piscina estava Ravael, encharcado de sangue; pelos lados tinham braços, pernas, vísceras, tripas e pedaços de carne indescritíveis.

Mariano: - O que aconteceu aqui?
Ravael: - ...
Jennifer: - E Dominic? Onde está?
Ravael levanta o olhar e olha nos olhos de Jennifer, como se dissesse que ela havia morrido.

Jennifer: - Ravael! Me responde! E a Dominic!?
Ravael continua sem dizer nada...
Jennifer: - Seu desgraçado! Você trouxe ela pra cá! Vocês transaram! Onde ela está?
Ravael: - Ela morreu...
Jennifer acerta um soco no rosto de Ravael; logo, ela sai pela mesma porta que entrou.
Mariano: - Vamos, Ravael.

Lá fora já estavam Franciel e Aryana em um carro azul.
Franciel: - Vamos, rápido! Foi difícil achar esse carro, e eu mal sei dirigir direito.
Mariano: - Deixa que eu dirijo!
Assim, todos entram no carro. Franciel olha para Ravael - que estava com um olhar fechado -, e depois olha pra Jennifer - que estava com um olhar triste -. Ele já sabia, todos ali sabiam: Dominic já era.
Franciel - agora no banco de trás, entre Jennifer e Aryana -, fica olhando Jennifer; ela estava triste, afinal, tinha perdido a única amiga. Ela não conhecia ninguém do grupo muito bem. Franciel a abraça, como se quisesse confortá-la; depois passa a mão em seu cabelo, o deixando atrás da armação do óculos. Jennifer nem prestou a atenção, era como se ela não estivesse ali; não estava em um bom momento, não agora.

Mariano: - Pra onde vamos?
Franciel: - Acho que todo mundo concorda em irmos pra São Guilherme...
Aryana: - Sim.
Ravael: - Por mim...
Jennifer: -...

Assim, Mariano segue com o carro até o trajeto que liga Promicuo a São Guilherme...

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