- Back to Home »
- Epi. 3: Apenas o Diretor
Postado Por: Dalvyn
domingo, 9 de dezembro de 2012
Que tarde mais bela era aquela.
O Sol pulsava como um relógio em andamento.
A cidade morria aos poucos.
Os bueiros não estavam mais servindo para escoar a água da chuva; agora escoavam sangue.
Em cada esquina era possível se ver um banquete a céu aberto.
Os que ainda tentavam uma chance, corriam.
Diretor: - Achei que não veria mais meus alunos.
Franciel: - Diretor? Você ficou aqui o tempo todo?
Diretor: - Claro! Ainda tem bastante café, se alguém quiser eu posso servir.
Ninguém conseguia entender aquele rosto calmo do diretor, afinal, lá fora se seguia um apocalipse zumbi que poderia resultar no fim da humanidade e ele oferecia café.
Shaya: - E o Lion? Onde está o Lion?
Dantas: - A Dienyfer o atacou. Eu não pude fazer nada.
Shaya: - Não! Seu desgraçado! Deixou ele lá pra morrer!
Shaya, bastante exaltada, dá vários tapas em Dantas, mas Franciel a contem.
Franciel: - Calma, Shaya! Bater nele não vai adiantar nada.
Shaya: - Seu desgraçado! Eu o amava!
Shaya cai no chão; o choro era inevitável.
Marcos: - O que vamos fazer agora?
Aryana: - Temos que sair daqui o mais rápido possível!
Diretor: - Daqui ninguém sai!
Todos olham para o diretor, seu rosto agora se mostrava raivoso, como o de um lunático.
Dantas: - Como assim?
Diretor: - Daqui ninguém vai sair!
Franciel: - E eu posso saber o por quê?
Diretor: - Estava aqui sentado, preenchendo uns formulários, quando entram dois homens por aquela porta. Eles estavam pingando sangue, me levantei preocupado, falei pra eles se sentarem que eu chamaria uma ambulância, mas um deles mordeu a minha barriga e o outro meu braço. De imediato, peguei minha arma e alvejei os dois bem no coração. Estranhamente, os dois continuaram a vir em minha direção, então dei logo dois tiros, cada um na cabeça dos dois e assim eles caíram no chão e não levantaram mais.
Franciel: - Isso não explica o fato de você não deixar a gente sair.
Diretor: - Hahaha! Isso que está acontecendo vai passar. Vão criar uma vacina ou algo do tipo em breve, mas como eu sei que vou virar um zumbi, não quero morrer de fome até que criem uma cura.
Dantas: - Então você esta querendo dizer que não vai deixar a gente sair daqui, para nos comer quando virar zumbi ?
Diretor: - Exato, criança.
Dantas: - Seu maníaco desgraçado!
Diretor: - Não esqueça que eu tenho uma arma.
Franciel: - Merda! Estamos ferrados!
Aryana: - Diretor, pensa bem... Nós somos jovens ainda, temos muito que viver, deixe a gente sair.
Diretor: - Mas se vocês saírem, aí sim que vão morrer.
Franciel: - Se sairmos, temos uma chance de sobreviver. Já se ficarmos aqui, é morte na certa.
Dantas: - Vamos, diretor, me dê essa arma.
Dantas se aproxima da mesa do diretor.
Diretor: - Saia daqui!
Dantas: - Me dê essa arma e deixe a gente ir!
Agressivamente, o diretor se levanta da cadeira e encaixa a ponta da arma na garganta de Dantas.
Diretor: - Quer levar um tiro, criança?
Assim, Dantas se afasta.
Marcos: - Ai meu Deus! A gente tem que sair daqui!
Shaya: - Eu não posso correr, meu tornozelo está doendo.
Diretor: - Mas me digam uma coisa: saindo daqui, pretendiam ir para onde?
Franciel: - ... Ainda não sabemos.
Aryana: - Eu quero ver se meus pais estão bem.
Marcos: - Eu também.
Dantas: - Provavelmente agora deve estar um caos lá fora. A ponte que liga a cidade a Promicuo deve estar totalmente congestionada.
Franciel: - E o que você tem em mente?
Dantas: - Meu pai mora em um barco lá no porto.
Aryana: - Isso seria ótimo para sairmos da cidade.
Diretor: - Eu já disse, crianças, ninguém vai sair daqui.
Shaya: - Velho maniaco!
A esperança dos alunos começava a se esvair, eles sabiam que não poderiam enfrentar aquele homem, não com aquela arma, não daquele jeito.
Dantas: - Diretor, faça o seguinte.
Diretor: - Diga.
Dantas: - Deixe eles irem e eu fico.
Franciel: - O que?
Aryana: - Nada disso!
Diretor: - Se você prefere assim.
Franciel: - Não! Todos temos que sair daqui!
Dantas: - Franciel, é o único jeito.
Franciel: - Não! Tem que ter outro jeito!
Dantas: - Mas não tem.
Diretor: - Pegue aqui a chave da porta.
O diretor toca a chave para Franciel, mas como em um estalar de dedos ele cai para frente, deitando a cara na mesa.
Marcos: - Ai meu Deus!
Franciel: - Pega a arma, Dantas!
Dantas se aproxima rápido até a arma, tenta puxá-la, mas estava presa no colo do diretor; nesse instante, o diretor segura o braço de Dantas.
Dantas: - Alguém me ajuda!
Tarde demais, o diretor morde o braço de Dantas. Logo em seguida, Franciel consegue pegar a arma do diretor e dá um tiro a queima roupa na cabeça dele.
Dantas: - Merda! Esse desgraçado me mordeu!
Franciel olha para a espada pendurada na parede, depois pensa por alguns segundos; um sorriso brota de sua face.
Franciel: - Tem um jeito de você sobreviver.
Dantas: - Não! Você não esta pensando em...
Franciel: - Exato!
Franciel pega a espada que estava pendurada na parede, Dantas recua com medo.
Franciel: - Marcos, me ajuda, por favor!
Marcos segura Dantas colocando o braço dele encima da mesa do diretor.
Dantas: - Então corta logo! Corta!
Com um único golpe certeiro, o ante-braço de Dantas cai no chão; logo havia sangue por toda parte.
Dantas: - Aaaaaaaaahhhhhhh!!!!!!!!
Franciel: - Marcos, me dá o seu cinto.
Marcos tira o seu cinto e dá a Franciel. Então Franciel amarra o sinto na parte do braço de Dantas que foi cortada.
Marcos: - O que você fez, Franciel?
Franciel: - Fiz o que tinha que ser feito!
Dantas: - Merdaaaa! Aaaaahhhh!!!
Então, Franciel tira sua jaqueta de couro marrom e rasga sua camisa, depois amarra ela na parte cortada do braço de Dantas.
Aryana: - Agora não vamos poder sair daqui.
Marcos: - Por que?
Aryana: - A Shaya torceu o tornozelo e o Dantas esta sem metade do braço!
Franciel: - Mas nós não podemos ficar aqui!
Dantas: - Aarrgg!! Franciel está certo, temos que sair daqui, eu consigo!
Franciel: - Marcos, ajude a Shaya a caminhar! Eu vou ficar com a arma.
Marcos: - Você sabe atirar?
Franciel: - Meu tio, apesar de ser um bebum, me ensinou algo de bom.
Aryana: - Deixa que eu fico com a espada.
Franciel: - Tá bom. Todos prontos? Então vamos!
Marcos: - Nossa! Eu não achava que o diretor fosse um maniaco.
Franciel: - Um apocalipse zumbi transforma as pessoas.
Dantas: - Argh! Não, um apocalipse zumbi apenas mostra quem elas são.
Aryana: - Engraçado, vocês dizem isso baseados em quantos apocalipses zumbi? Porque até onde eu sei esse é o primeiro.
Assim Franciel encaixa a chave na porta. Com um leve suspiro, ele gira a chave duas vezes para a esquerda.
Franciel: - Vamos lá!
diretor desgraçado, bah, muito bom o episodio, meu favorito até o momento...
ResponderExcluirCoitado do diretor no fundo da até pena -_- !!Mas n adianta eles tm q sobreviver !!!
ResponderExcluir